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Mensagem  Alien 14/9/2007, 10:46 am

Debate mostra à comunidade universitária posições sobre Reuni


Encontro, que reuniu representantes da Andes, do Proifes, do MEC e da Ufrgs, no dia 10 de setembro, teve um público abaixo do esperado, tendo em vista a importância do tema. Falas da platéia revelaram um preocupante grau de desinformação no que diz respeito ao decreto que deve ter um enorme impacto nas Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) nos próximos anos. Pequeno grupo de estudantes, ligado ao DCE, compareceu em tom de protesto.

O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), instituído em abril pelo Decreto nº 6096/07, tem como principal finalidade ampliar o acesso à universidade pública. Para a Ufrgs, aderir ao Reuni significa viabilizar financeiramente as ações, já em andamento, que visam expansão de vagas, redução da evasão e ampliação da assistência estudantil, disse o pró-reitor de Graduação, Carlos Alexandre Netto. Segundo ele, a Ufrgs tem todas as condições de atingir as metas do Reuni. O tema está sendo debatido nas unidades e em breve a Administração Central apresentará uma proposta com base nessas discussões. O prazo para adesão ao Reuni foi estendido até o final de outubro.

Mas há muitas críticas ao programa. Uma delas é de que os recursos reservados não seriam suficientes para promover a expansão proposta, melhorando ou pelo menos mantendo a qualidade atual, que é o grande diferencial entre a rede pública federal e a rede privada. Isso porque entre as metas do Reuni está, por exemplo, o aumento da relação aluno/professor, em escala diferenciada, dependendo do grau de evolução da Pós-Graduação da Ifes. Cada Universidade terá que aumentar em 10% o número de alunos para aderir ao programa e fazer jus aos recursos. Atingir 90% de diplomação, outra exigência, foi colocado por quase todos os palestrantes como praticamente impossível, a não ser que sejam criadas alternativas de ocupação de vagas ociosas e múltipla diplomação.

Embora deixe as universidades livres para criarem seus programas, o Reuni estabelece diretrizes a serem seguidas, o que, para a representante da Andes, Lighia Matsushigue, da USP, quebra o princípio da autonomia universitária. Da forma como está, o decreto aumentaria ainda mais a distância entre os chamados centros de excelência e as universidades de pesquisa menos desenvolvida. Estas, conforme mostrou, com muitos gráficos, Gil Vicente Figueiredo, presidente do Proifes, para se ajustarem às normas do Reuni, teriam que investir maciçamente no ensino de graduação, diminuindo a possibilidade de se firmarem também como grandes centros de pesquisa no futuro.

A confusão ficou por conta da relação, deliberada ou não, do Reuni com o projeto Universidade Nova, idéia que nasceu na Universidade Federal da Bahia e que deve ser implantada lá no ano que vem. Ambos têm pontos em comum, como um melhor aproveitamento do corpo docente, busca do aumento dos índices de conclusão, e maior mobilidade estudantil entre as Ifes. O Reuni fala de mudança curricular, mas não determina que esta deva contemplar a criação de um ciclo básico, como propõe o Universidade Nova, esclareceu Maria do Socorro Gomes, da Secretaria de Ensino Superior (Sesu/MEC). No entanto, as dúvidas mais freqüentes entre os alunos da Ufrgs estão relacionadas a um possível ciclo básico, em princípio descartado, segundo Carlos Alexandre Netto.
A direção da Andes manifestou-se contra o Reuni, por uma série de fatores, entre eles o da mudança vir em forma de decreto e não de lei. A submissão dos projetos a diretrizes determinadas pelo governo seria outra razão. De acordo com a Andes, a ampliação, da maneira que está proposta, irá comprometer a qualidade do ensino e converter as universidades em centros de graduação, além de destruir o caráter de pesquisa das Ifes. A entidade ainda defende paralisações e greve para barrar o Reuni e o Banco de Professor Equivalente, mesma estratégia que tomou na Reforma da Previdência, quando decidiu não participar de nenhuma negociação.

Gil Vicente Reis de Figueiredo, presidente do Proifes, também apontou uma série de problemas, mas apresentou possíveis alternativas de modificações no programa, que segundo ele, já foram entregues ao MEC. O sindicalista acredita que é preciso apresentar propostas, ao invés de apenas dizer “não”, pois se corre o risco dos projetos serem aprovados como quer o governo e no fim, perde-se a oportunidade de conquistar melhores propostas para as Ifes. O presidente da Adufrgs, Eduardo Rolim de Oliveira, disse que há vários espaços dentro da universidade para o debate e que a associação vem trabalhando no sentido de esclarecer os professores sobre o tema. Ele ressaltou a tradição democrática da Adufrgs, comprovada neste debate, quando se abriu espaço para a Andes e para a professora Ângela Siqueira, da Universidade Federal Fluminense (UFF), embora a diretoria atual tenha profundas diferenças com a linha política da Andes. Rolim lamentou que, em debates promovidos por outras Associações de Docentes (ADs) no Rio Grande do Sul, ligadas à Andes, o Proifes não tenha sido convidado, o que demonstra que esses grupos falam muito em democracia, mas não permitem a expressão de posições contraditórias.

Fonte: http://www.adufrgs.org.br/conteudo/sec.asp?id=cont_noticias.asp&InCdNoticia=8751

Alien

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